Ciberprojecto BE

Formação e práticas em bibliotecas escolares.

02/01/10

Síntese


     Maria Helena Vieira da Silva, "Biblioteca", 1949

Síntese

1. Em lógica é a recomposição de um todo a partir dos seus elementos constituintes.
2. Na dialéctica é a resultante da tese e da antítese, ou da afirmação e da negação.
3. Em estética poderá ser o quadro de representação do comprimento, largura e altura associados à profundidade.

A descoberta da perspectiva no Renascimento, criou um novo espaço de representação mental e visual, onde o sujeito, o(s) objecto(s) e a realidade estavam imersos numa nova dimensão.
Em busca da representação iconográfica dos objectos, imagens e signos da civilização do século XXI, encontro um sítio com uma iconografia com múltiplas imagens de artefactos, que representam o modo como se processam a informação e a comunicação no mundo actual:


A abordagem e a compreensão do fenómeno cultural implicam por isso um novo desafio social e pedagógico nas bibliotecas escolares, para os principais agentes do processo de aprendizagem - bibliotecários, professores - e outros actores do meio social, com diferentes funções profissionais, que poderão intervir na transformação do conceito tradicional das bibliotecas. Estas continuam a ser um espaço fulcral na melhoria das capacidades e competências dos alunos, rumo a uma sociedade do conhecimento, em que a matéria-prima, a informação, recolhida em diversas fontes, pode transformar-se em produtos, que adquiram o estatuto de bens culturais, com reconhecimento no ambiente externo.

Neste contexto, importa salientar a contribuição significativa da Acção de Formação sobre Práticas e Modelos de Auto Avaliação nas Bibliotecas Escolares. Não só, porque fez reflectir sobre o conceito singular de biblioteca escolar/centro de recursos educativos, como também por levantar uma problemática complexa acerca da gestão da informação, da documentação, das pessoas que nela trabalham e dos utilizadores que a procuram, em busca de respostas para as necessidades, na construção de saberes disciplinares e interdisciplinares. Os procedimentos de operacionalização, as técnicas e instrumentos experimentados parcialmente serão certamente objecto de aprofundamento, bem como o Modelo de Auto Avaliação das Bibliotecas Escolares, publicado na sua versão definitiva em meados de Novembro de 2009. Os quatro eixos estruturantes do referido modelo - Apoio ao Desenvolvimento Curricular; Leitura e Literacias; Projectos, Parcerias e Actividades Livres de abertura à comunidade; e Gestão da Bibioteca Escolar - irão requerer uma difusão gradual, na adaptação e aplicação à realidade particular de cada escola, biblioteca escolar ou centro de recursos. Tanto nos Domínios e Subdomínios, como nos Indicadores e Instrumentos de recolha de evidências. Estes últimos dispenderão, porém, tempos consideráveis, não tanto na aplicação, mas essencialmete no tratamento dos dados das amostras recolhidas.

Voltando ao modo como decorreu a Acção de Formação é de salientar que os guias e textos das sessões apresentados em ambiente virtual foram elucidativos, apesar de por vezes se tornar difícil a assimilação dos documentos em hiperligação, assim como dos textos facultativos, em tempo útil, dada a natureza da semana intensiva, nos propósitos, necessária para cumprir os prazos das tarefas a realizar. Deve ainda destacar-se o acompanhamento e a orientação construtiva das formadoras - Maria José Vitorino e Isabel Antunes - que procuraram sempre dar respostas motivadoras, atempadas e pertinentes nas dúvidas colocadas nos Fóruns pelos formandos.

Relativamente ao futuro, desejo que o fim deste blogue, ou da plataforma Moodle, venham a suscitar um novo ciclo de interrogações, esclarecimento de dúvidas e coordenação de estratégias, nos problemas de organização e planeamento, para a melhoria das bibliotecas escolares, que certamente advirão
das práticas de desenvolvimento dos Planos de Acção, da elaboração de Relatórios no final de ano lectivo, ou da avaliação externa das escolas.